- VERBOS OU MÉTODOS HTTP
- Os verbos HTTP, também conhecidos como métodos HTTP, são comandos que indicam a ação desejada a ser realizada em um recurso na web. Aqui estão os principais verbos HTTP
- O que é indepotente?
- Qual termo contrário a ideponente?
- No contexto do send request do cliente existe diferença?
- Existe alguma técnica para saber se o post foi bem sucedido?
- O código de retorno 200 nas ações POST não é seguro?
VERBOS OU MÉTODOS HTTP
Os verbos HTTP, também conhecidos como métodos HTTP, são comandos que indicam a ação desejada a ser realizada em um recurso na web. Aqui estão os principais verbos HTTP
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GET: Solicita a recuperação de um recurso. Não deve alterar o estado do servidor, sendo considerado um método seguro e idempotente.
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POST: Envia dados ao servidor para criar ou modificar um recurso. É utilizado principalmente para enviar formulários ou dados de uma aplicação para o servidor.
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PUT: Atualiza ou cria um recurso em uma URL específica. É idempotente, o que significa que várias requisições PUT com os mesmos dados não devem alterar o estado do recurso além da primeira requisição.
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DELETE: Remove um recurso identificado pela URL. Como PUT, é idempotente.
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PATCH: Aplica modificações parciais a um recurso. Diferente do PUT, que substitui o recurso completo, o PATCH altera apenas os campos fornecidos.
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HEAD: Solicita as mesmas informações que o GET, mas sem o corpo da resposta. É utilizado para obter metadados, como cabeçalhos HTTP.
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OPTIONS: Retorna os métodos HTTP suportados por um recurso. Útil para verificar quais operações são permitidas em um endpoint.
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TRACE: Realiza um loopback de uma mensagem de solicitação para fins de teste e diagnóstico, retornando a requisição ao cliente.
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CONNECT: Estabelece um túnel para o servidor identificado pela URL de destino. É usado principalmente para conectar o cliente a um servidor proxy, especialmente para comunicações seguras via HTTPS.
O que é indepotente?
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Idempotente é um termo usado em computação para descrever uma operação que pode ser aplicada várias vezes sem alterar o resultado além da primeira aplicação. Em outras palavras, se uma operação é idempotente, o efeito de executá-la uma vez ou várias vezes com os mesmos parâmetros é o mesmo.
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No contexto dos verbos HTTP:
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GET: É idempotente porque solicitar o mesmo recurso várias vezes não altera o estado do servidor. Você sempre recebe a mesma resposta (assumindo que o recurso não mudou entre as requisições).
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PUT: Também é idempotente. Submeter uma mesma requisição PUT várias vezes com os mesmos dados resultará no mesmo estado do recurso no servidor, independentemente de quantas vezes a operação for repetida.
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DELETE: É idempotente porque a exclusão de um recurso já inexistente não terá efeito adicional; após a primeira exclusão, requisições subsequentes de DELETE não terão nenhum impacto.
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POST: Não é idempotente, pois cada requisição pode criar um novo recurso ou alterar o estado do servidor de maneira diferente. Por exemplo, enviar várias requisições POST para criar um novo recurso pode resultar em múltiplas criações.
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Em resumo, operações idempotentes garantem que múltiplas execuções da mesma ação não vão gerar efeitos colaterais adicionais após a primeira execução.
Qual termo contrário a ideponente?
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O termo oposto a idempotente é não idempotente. Em computação, uma operação não idempotente é aquela em que a repetição da operação com os mesmos parâmetros pode causar efeitos diferentes a cada vez que é realizada.
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No contexto dos verbos HTTP:
- POST é o exemplo mais comum de uma operação não idempotente. Por exemplo, enviar a mesma requisição POST várias vezes pode criar vários novos recursos, cada um diferente, resultando em um estado diferente do servidor a cada repetição.
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Operações não idempotentes podem causar efeitos cumulativos ou mudanças de estado que diferem a cada execução, ao contrário das operações idempotentes, que mantêm o mesmo resultado após a primeira execução.
No contexto do send request do cliente existe diferença?
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Sim, no contexto de um cliente HTTP realizando o envio de requisições (por exemplo, utilizando TMi_FpHttpClient ou outro cliente HTTP no Free Pascal), a diferença entre métodos idempotentes e não idempotentes é importante, especialmente em termos de comportamento em caso de falhas de rede ou necessidade de repetição da requisição.
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Idempotente (e.g., GET, PUT, DELETE)
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Repetição Segura: Se uma requisição falhar ou houver incerteza se ela foi recebida pelo servidor, o cliente pode reenviar a requisição sem se preocupar em causar efeitos colaterais adicionais. Por exemplo, se você fizer um GET e a conexão for interrompida, pode simplesmente tentar novamente.
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Uso em retentativas: O cliente HTTP pode implementar estratégias automáticas de repetição (retry) para esses métodos em caso de falha, porque a operação não vai alterar o estado do servidor de maneira inesperada.
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Não Idempotente (e.g., POST)
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Cuidado com Repetições: Se uma requisição POST falhar ou se a resposta não for recebida pelo cliente, há um risco ao repetir a requisição, pois isso pode resultar em múltiplas criações ou alterações inesperadas no servidor. Por exemplo, repostar um formulário de compra pode resultar em múltiplas transações.
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Gerenciamento de Requisições: Para métodos não idempotentes, os clientes geralmente precisam de mecanismos adicionais para garantir que a requisição foi bem-sucedida antes de tentar novamente (como tokens de transação ou verificações adicionais).
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No Free Pascal
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Quando você usa SendRequest ou funções equivalentes no TMi_FpHttpClient, entender se o método HTTP que você está usando é idempotente ou não ajuda a decidir como lidar com erros ou interrupções de rede. Por exemplo, você pode ser mais agressivo em repetir requisições GET, mas deve ser muito mais cauteloso com POST.
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Essa distinção é crucial em aplicações que precisam garantir consistência e integridade dos dados, especialmente em cenários de alta disponibilidade e resiliência.
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Existe alguma técnica para saber se o post foi bem sucedido?
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Sim, há várias técnicas que podem ser usadas para garantir ou verificar se uma requisição POST foi bem-sucedida, especialmente em cenários onde a repetição da requisição pode causar problemas (como a criação de múltiplos recursos indesejados). Aqui estão algumas estratégias comuns:
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Respostas HTTP Status
- Status Codes: Um servidor geralmente responde com um código de status HTTP indicando o resultado da requisição. Para um POST, o código 200 OK ou 201 Created geralmente indica sucesso.
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Verifique o Conteúdo da Resposta: Além do código de status, o conteúdo da resposta pode incluir informações importantes, como um identificador do recurso criado. Validar essa informação pode confirmar o sucesso.
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Utilização de Tokens de Idempotência
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Token de Idempotência: Enviar um token único junto com cada requisição POST. O servidor armazena esse token e garante que, se o mesmo token for recebido novamente, a requisição duplicada não será processada, retornando a mesma resposta da primeira tentativa. Isso ajuda a evitar duplicatas em casos onde o cliente não tem certeza se a requisição foi bem-sucedida.
- Exemplo: Cabeçalho Idempotency-Key é um padrão em algumas APIs RESTful.
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Confirmar Recebimento
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Recibo de Confirmação: O servidor pode enviar um recibo com um identificador único após a criação do recurso, como um ID de transação ou número de pedido. O cliente pode então armazenar esse identificador e, em caso de falha de rede, verificar com o servidor se esse ID já foi processado.
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Verificação de Estado: Após enviar um POST, o cliente pode fazer uma requisição GET para confirmar que o recurso foi criado ou o estado foi alterado conforme esperado.
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Transações Atômicas no Servidor
- Processamento Atômico: O servidor pode garantir que a operação é atômica, o que significa que a operação ou será completada totalmente ou não será realizada de forma alguma. Isso é especialmente útil para operações complexas que envolvem múltiplos passos.
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Retry com Backoff Exponencial
- Retry com Backoff: Se uma requisição POST falhar por um erro temporário, a técnica de retry com backoff exponencial pode ser usada para tentar novamente após um intervalo crescente de tempo, reduzindo a carga no servidor e dando mais tempo para a recuperação. No entanto, essa técnica deve ser usada com cautela para POST devido ao risco de duplicação.
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Logs de Auditoria
- Logs de Auditoria: Manter um registro detalhado das operações POST e suas respostas pode ajudar a identificar e resolver problemas quando há dúvidas se a requisição foi bem-sucedida.
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Persistência Local e Confirmação
- Cache Local Temporário: O cliente pode salvar a requisição localmente até receber uma confirmação do servidor. Se não houver confirmação, o cliente pode reprocessar ou reavaliar a necessidade de reenviar a requisição.
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- Processamento Atômico: O servidor pode garantir que a operação é atômica, o que significa que a operação ou será completada totalmente ou não será realizada de forma alguma. Isso é especialmente útil para operações complexas que envolvem múltiplos passos.
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Implementação no Free Pascal
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No Free Pascal, ao usar TMi_FpHttpClient, você pode verificar o código de status da resposta (ResponseStatusCode) e analisar o conteúdo da resposta (Response.Content). Se o servidor suporta tokens de idempotência, você pode adicionar um cabeçalho personalizado na requisição usando AddHeader.
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Essas técnicas, quando implementadas adequadamente, ajudam a garantir que sua aplicação lide corretamente com a incerteza na comunicação HTTP, minimizando os efeitos indesejados de requisições duplicadas ou falhas de rede.
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O código de retorno 200 nas ações POST não é seguro?
- O código de status HTTP 200 OK indica que a requisição foi bem-sucedida e que o servidor processou a solicitação com sucesso. No entanto, quando usado em operações POST, o código 200 OK pode não ser o mais adequado ou seguro para todas as situações, especialmente quando o POST está criando novos recursos ou realizando ações que alteram o estado do servidor.
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Por que o 200 OK pode não ser ideal em POST?
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Ambiguidade: O código 200 OK é genérico e pode ser usado para uma ampla gama de situações. Isso pode tornar difícil para o cliente discernir se a requisição POST realmente realizou a ação esperada, especialmente quando se espera que o POST crie um novo recurso.
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Criação de Recursos: Quando um POST é usado para criar um novo recurso, o código mais apropriado é o 201 Created. Esse código indica claramente que um novo recurso foi criado no servidor e geralmente inclui um cabeçalho Location que aponta para o URI do novo recurso. Isso oferece uma confirmação mais específica e confiável para o cliente.
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Verificação de Sucesso Completo: Em alguns casos, o 200 OK pode ser retornado mesmo que a operação tenha sido parcialmente bem-sucedida, ou seja, a ação foi realizada, mas talvez com algumas advertências ou problemas. Isso pode não ser suficiente para operações críticas onde a confirmação completa da ação é necessária.
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Códigos de Status Mais Apropriados para POST
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201 Created: Indica que a requisição POST foi bem-sucedida e que um novo recurso foi criado. É o código de status ideal quando o POST resulta na criação de um recurso no servidor.
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202 Accepted: Indica que a requisição foi aceita para processamento, mas ainda não foi concluída. Esse código pode ser usado quando o processamento é assíncrono, e o cliente pode precisar consultar o progresso ou o resultado posteriormente.
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204 No Content: Indica que a requisição foi processada com sucesso, mas não há conteúdo adicional a ser retornado no corpo da resposta. Útil para casos onde a operação foi concluída, mas não há dados novos ou um recurso criado.
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400 Bad Request, 401 Unauthorized, 403 Forbidden, 404 Not Found, etc.: Esses códigos indicam que houve um problema com a requisição, e o cliente precisa corrigir ou autenticar-se antes de tentar novamente.
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Práticas Recomendadas
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Verificação de Conteúdo da Resposta: Além de checar o código de status, verifique o conteúdo da resposta para confirmar se a operação foi realizada conforme esperado. O servidor pode retornar um JSON ou outro formato que inclua detalhes sobre a operação.
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Cabeçalhos e Identificadores: Se for recebido um código 200 OK, a resposta deve, idealmente, incluir detalhes suficientes (como identificadores de recursos ou confirmações explícitas) para o cliente determinar se a operação foi bem-sucedida e o que exatamente foi alterado ou criado.
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Uso de 201 Created para Criação: Sempre que o POST criar um novo recurso, o servidor deve preferencialmente retornar 201 Created para maior clareza e segurança.
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Implementação no Free Pascal
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Ao usar TMi_FpHttpClient ou outro cliente HTTP no Free Pascal, é possível verificar o ResponseStatusCode e tomar decisões baseadas no código retornado. A análise do conteúdo da resposta (Response.Content) também é fundamental para confirmar se a operação POST foi realizada com sucesso.
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Em resumo, enquanto o 200 OK é um código de sucesso, ele pode não ser a escolha mais informativa ou segura para operações POST, especialmente em casos de criação de recursos. Códigos como 201 Created oferecem uma confirmação mais explícita e segura de que a operação foi realizada conforme esperado.
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